Monday, November 13, 2006

O Porque...

Algo que move meus dedos
Algo que sinto por ti
E que move meus espirito
Move minhas atitudes
Dá sentido a tudo isso que vivo
Cria um porque para meus porques
Efemera condicao
Que muda constantemente
Que tem mil caras
Mas que se basta com sua imagem
Que faz tudo parecer organizado
Que faz tudo parecer ordenado
Que camufla a verdade
A verdade volátil
Volátil como todas as verdades
Frágil como as descisoes de cada instante
Mas que me faz avancar
Em passos que parecem premeditados
Com gestos que parecem ensaiados
E que no fundo escondem
O quao tudo é improvisado
Simplesmente me satisfazem
Porque sao respostas sinceras
Refletindo uma consciencia austera
Que pensa amar
Que pensa viver
Que pensa sentir
Mas que verdadeiramente
Nao consegue pensar
Porque verdadeiramente nao sabe amar
Porque em tempos como os nossos
Nao se pode pensar
Nao se pode amar
Nao se pode sentir
A consciencia que tenho
É a consciencia que me forjaram
A percepcao que possuo
É a percepcao que nao percebe
E os pensamentos que me libertam
Sao justamente as correntes que me aprisionam
Sou escravo deste circulo dialético
Onde a dialética nao existe
E o meu engano em ti
É o alento e a mascara que me fazem seguir

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