Friday, May 16, 2008

Estático

Como é estranho dormir ao lado de quem julgamos conhecer
E acordar ao lado de um estranho imprevisível em seus atos
Brincadeiras que o destino nos prega
Nos engana por algum tempo
Se utiliza de nossa ancia em encontrar algo que nos apeteça
Assim nos deixamos ser enganados docemente, facilmente
Até que um dia, despertamos desse sonho maravilhoso
E nos vemos imersos em um pesadelo labirintico
De onde não sabemos nem para que lado nos direcionamos
Nos perguntamos, para onde deve ser nosso primeiro passo
E o que recebemos é um silêncio gélido
Que nos pasma por demonstrar nossa fraqueza
Toda atitude parece destituída de razão
Ficar e tentar argumentar
Sair e deixar de se questionar
Para que fazer algo?
Mas o próprio silêncio que deste silêncio emana
É uma atitude que como as outras nos parece vã
Não sei que caminho trilhar
Se continuar nessa estrada que por tempos o sol ilumina
E cria a falsa idéia de segurança
Mas quando a noite cai nos dá a impressão de insegurança
E abandono que enche a alma do medo da solidão
Ou aventurar-se por caminhos outros
Que por tempos nos criam a também falsa idéia
De deslumbramento ante o novo
Mas que fatalmente nos conduzirão ao tédio
Tédio que se apossa de tudo que se torna rotina
Assim, até a descoberta do novo
Rotinizada recai em tédio
Que fazer dos nossos dias vindouros?
Me encontro na encruzilhada
Entre a direita e a esquerda
Mas que finalmente
Não me levarão a lugar algum.