Sonhei com você
Antes mesmo de você ser
Te idealizei
De ti falei em vários idiomas
Todos te conheciam
Procurava você em todas
Mas me exercitava em vão
O tempo humano do acaso
Me fez te desencontrar
Te abandonei quando precisou de mim
Meu egoísmo me levou a mim
Aquela que devia te amar
Aquela que devia te proteger
Se voltou contra você
Foi sua algoz
Noite fria aquela
Que trouxe a ceifadeira
Que calou seu sorriso
E te cuspiu no vaso
Em águas turvas
Você se foi
Sem me dizer adeus
Calado para sempre
Sufocado
Envenenado
Afogado
Tuesday, December 09, 2008
MORTE
Morte
Morte que vem do norte
Devagar
Devagar abraça forte
Abafa
Abafa sonhos de uma vida
Mata
Mata o futuro de possibilidades
Beija
Beija docemente a sua vítima
Maltrata
Maltrata sem piedade os circundantes
Marca
Marca para sempre
Pesarosamente
Pesarosamente se instala para fazer reviver a vida
Morte que vem do norte
Devagar
Devagar abraça forte
Abafa
Abafa sonhos de uma vida
Mata
Mata o futuro de possibilidades
Beija
Beija docemente a sua vítima
Maltrata
Maltrata sem piedade os circundantes
Marca
Marca para sempre
Pesarosamente
Pesarosamente se instala para fazer reviver a vida
Thursday, December 04, 2008
Oriente distante
Oriente distante
Povoa minha imaginação
Oriente da felicidade
Oriente da tradição
Ouço uma voz
Quase um suspiro
Envolto em névoas
Minha memória me tortura
Lembrando só da felicidade
Esquecendo Hiroshima e Nagasaki
A textura da destruição
Não apagou teu desvelo
Te vejo do outro lado do mundo
Reconstruída, forte e austera
Bela, tão bela
Porque me cobriste de impropérios?
Te escondestes no esquecimento
Mas te comportas como a vaga
Mesmo sabendo que nunca serás ocupada
Teu pedaço do mosaico se destaca
Tua beleza, as demais opaca
Mas porque me destes incerteza?
Porque me presenteaste amor e ódio?
Foste dúbia em todos momentos
E ainda assim me cativaste
Foste a mais próxima da idealização
Mas tua força foi tamanha
Que rompeste o leme de nossa nau
Despedaçados tomamos caminhos diversos
E por fim nos separamos
Nos distanciamos
Como o Ocidente do Oriente
Povoa minha imaginação
Oriente da felicidade
Oriente da tradição
Ouço uma voz
Quase um suspiro
Envolto em névoas
Minha memória me tortura
Lembrando só da felicidade
Esquecendo Hiroshima e Nagasaki
A textura da destruição
Não apagou teu desvelo
Te vejo do outro lado do mundo
Reconstruída, forte e austera
Bela, tão bela
Porque me cobriste de impropérios?
Te escondestes no esquecimento
Mas te comportas como a vaga
Mesmo sabendo que nunca serás ocupada
Teu pedaço do mosaico se destaca
Tua beleza, as demais opaca
Mas porque me destes incerteza?
Porque me presenteaste amor e ódio?
Foste dúbia em todos momentos
E ainda assim me cativaste
Foste a mais próxima da idealização
Mas tua força foi tamanha
Que rompeste o leme de nossa nau
Despedaçados tomamos caminhos diversos
E por fim nos separamos
Nos distanciamos
Como o Ocidente do Oriente
Friday, May 16, 2008
Estático
Como é estranho dormir ao lado de quem julgamos conhecer
E acordar ao lado de um estranho imprevisível em seus atos
Brincadeiras que o destino nos prega
Nos engana por algum tempo
Se utiliza de nossa ancia em encontrar algo que nos apeteça
Assim nos deixamos ser enganados docemente, facilmente
Até que um dia, despertamos desse sonho maravilhoso
E nos vemos imersos em um pesadelo labirintico
De onde não sabemos nem para que lado nos direcionamos
Nos perguntamos, para onde deve ser nosso primeiro passo
E o que recebemos é um silêncio gélido
Que nos pasma por demonstrar nossa fraqueza
Toda atitude parece destituída de razão
Ficar e tentar argumentar
Sair e deixar de se questionar
Para que fazer algo?
Mas o próprio silêncio que deste silêncio emana
É uma atitude que como as outras nos parece vã
Não sei que caminho trilhar
Se continuar nessa estrada que por tempos o sol ilumina
E cria a falsa idéia de segurança
Mas quando a noite cai nos dá a impressão de insegurança
E abandono que enche a alma do medo da solidão
Ou aventurar-se por caminhos outros
Que por tempos nos criam a também falsa idéia
De deslumbramento ante o novo
Mas que fatalmente nos conduzirão ao tédio
Tédio que se apossa de tudo que se torna rotina
Assim, até a descoberta do novo
Rotinizada recai em tédio
Que fazer dos nossos dias vindouros?
Me encontro na encruzilhada
Entre a direita e a esquerda
Mas que finalmente
Não me levarão a lugar algum.
E acordar ao lado de um estranho imprevisível em seus atos
Brincadeiras que o destino nos prega
Nos engana por algum tempo
Se utiliza de nossa ancia em encontrar algo que nos apeteça
Assim nos deixamos ser enganados docemente, facilmente
Até que um dia, despertamos desse sonho maravilhoso
E nos vemos imersos em um pesadelo labirintico
De onde não sabemos nem para que lado nos direcionamos
Nos perguntamos, para onde deve ser nosso primeiro passo
E o que recebemos é um silêncio gélido
Que nos pasma por demonstrar nossa fraqueza
Toda atitude parece destituída de razão
Ficar e tentar argumentar
Sair e deixar de se questionar
Para que fazer algo?
Mas o próprio silêncio que deste silêncio emana
É uma atitude que como as outras nos parece vã
Não sei que caminho trilhar
Se continuar nessa estrada que por tempos o sol ilumina
E cria a falsa idéia de segurança
Mas quando a noite cai nos dá a impressão de insegurança
E abandono que enche a alma do medo da solidão
Ou aventurar-se por caminhos outros
Que por tempos nos criam a também falsa idéia
De deslumbramento ante o novo
Mas que fatalmente nos conduzirão ao tédio
Tédio que se apossa de tudo que se torna rotina
Assim, até a descoberta do novo
Rotinizada recai em tédio
Que fazer dos nossos dias vindouros?
Me encontro na encruzilhada
Entre a direita e a esquerda
Mas que finalmente
Não me levarão a lugar algum.
Monday, April 07, 2008
Cotidiano...
Onde esta você agora?
Que não em meus ermos braços...
Morro a cada segundo
Sem tua mão que me flota
Escondo-me dentro de mim
E me projeto em nós
Vivendo a sombra de uma vida sã
Acometido dessa febre terçã
E dos delírios que dela advém
Pensando que me fazem bem
Não, não, não
Isso é horrível
Porque não vivo
Vegeto a tua espera
Macero minha existência
Me anulo na tua ausência
Me mato de penitência
Mas de nada adianta
Infringir-me tal tormento
Você só vem por um momento
Alimentar meu sofrimento
Depois
Volátil
Se rarefaz
Transforma-se nessa imagem
Nessa idéia doentia
Meu porvir você seria
Se eu nele acreditasse
Como acredito em você
Que não em meus ermos braços...
Morro a cada segundo
Sem tua mão que me flota
Escondo-me dentro de mim
E me projeto em nós
Vivendo a sombra de uma vida sã
Acometido dessa febre terçã
E dos delírios que dela advém
Pensando que me fazem bem
Não, não, não
Isso é horrível
Porque não vivo
Vegeto a tua espera
Macero minha existência
Me anulo na tua ausência
Me mato de penitência
Mas de nada adianta
Infringir-me tal tormento
Você só vem por um momento
Alimentar meu sofrimento
Depois
Volátil
Se rarefaz
Transforma-se nessa imagem
Nessa idéia doentia
Meu porvir você seria
Se eu nele acreditasse
Como acredito em você
Sunday, March 16, 2008
Nós
Tanto tempo eu demorei
Para tentar me expressar
Porque não achava as palavras
Com as quais lhe brindar
Sem saber que as palavras certas
Eu nunca iria encontrar
Pois vazias elas são
Sem os olhos certos para lê-las
Não digo que me cansei
Nem que deixei de procurá-las
Pois cada frase que a ti construo
Medito e não me aproximo
Mas sinto que você me sente
Lê minhas palavras e as entende
Com um sentido que não é só seu
Nem tampouco meu, mas nosso
Olho nos teus olhos
Vejo o futuro que anseio
Descanso nos teus braços
Me deito em teus seios
Me deixo levar
Com uma certa hesitação
Tomado por este amar
Feliz de coração
Esperando o que se constrói
E construindo sem esperar
Sabendo que a plenitude
Se completa em ti beijar
Não deixo de idealizar
O mundo que para nós construí
E sei que não é o melhor
Mas para que ser o melhor?
Sem me preocupar em te agradar
Sem por isso me descaracterizar
Se ser eu te faz feliz
Só quero continuar sendo eu mesmo
Para tentar me expressar
Porque não achava as palavras
Com as quais lhe brindar
Sem saber que as palavras certas
Eu nunca iria encontrar
Pois vazias elas são
Sem os olhos certos para lê-las
Não digo que me cansei
Nem que deixei de procurá-las
Pois cada frase que a ti construo
Medito e não me aproximo
Mas sinto que você me sente
Lê minhas palavras e as entende
Com um sentido que não é só seu
Nem tampouco meu, mas nosso
Olho nos teus olhos
Vejo o futuro que anseio
Descanso nos teus braços
Me deito em teus seios
Me deixo levar
Com uma certa hesitação
Tomado por este amar
Feliz de coração
Esperando o que se constrói
E construindo sem esperar
Sabendo que a plenitude
Se completa em ti beijar
Não deixo de idealizar
O mundo que para nós construí
E sei que não é o melhor
Mas para que ser o melhor?
Sem me preocupar em te agradar
Sem por isso me descaracterizar
Se ser eu te faz feliz
Só quero continuar sendo eu mesmo
Friday, March 14, 2008
Ventura
Ventura é dormir e acordar ao lado teu
E sentir que isso não é um clichê romântico
Ventura é estar apaixonado apesar da tempestade
E saber que depois dela, advém a bonanza
Ventura é palavra que evoca a sorte
A felicidade, a fortuna e o acaso
Perdida em lábios de morte
Será que me faz sorte ao acaso?
Desejo ventura aos amigos
Quiçá algo melhor poderia desejar
E porque não aos inimigos
Que mais a merecem por necessitar
Esta ventura que iniciei contigo
Em remoinhos se aventurou só
Me fez adentrar ao mais intimo
Me levou ao teu rococó
Ventura criada na dificuldade cotidiana
Que de várias máscaras se cobriu
Vestida de dama palaciana
Ou coberta de ramos a pastoril
Nunca escondeu sua essência
Ainda que não se visse
Estava presente na turbulência
E na imberbês de nossa criancice
Hoje se faz de rogada
Caminhando com resplendor
Mas sei que esta bem plantada
Abençoando o nosso amor.
E sentir que isso não é um clichê romântico
Ventura é estar apaixonado apesar da tempestade
E saber que depois dela, advém a bonanza
Ventura é palavra que evoca a sorte
A felicidade, a fortuna e o acaso
Perdida em lábios de morte
Será que me faz sorte ao acaso?
Desejo ventura aos amigos
Quiçá algo melhor poderia desejar
E porque não aos inimigos
Que mais a merecem por necessitar
Esta ventura que iniciei contigo
Em remoinhos se aventurou só
Me fez adentrar ao mais intimo
Me levou ao teu rococó
Ventura criada na dificuldade cotidiana
Que de várias máscaras se cobriu
Vestida de dama palaciana
Ou coberta de ramos a pastoril
Nunca escondeu sua essência
Ainda que não se visse
Estava presente na turbulência
E na imberbês de nossa criancice
Hoje se faz de rogada
Caminhando com resplendor
Mas sei que esta bem plantada
Abençoando o nosso amor.
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