Tuesday, December 05, 2006

Um eu desiludido

Todas as manhãs serão manhãs de surpresas?
Quão afortunado sou eu...
Sem merecer semelhante dádiva...
Não me faço de rogado,
É que realmente não vejo mérito
Em semelhante vida,
Que nunca há criado nada,
A não ser a ilusão nos olhos alheios
Vivendo de falsos anseios
Provocando sorrisos verdadeiros...
Queimando a vida
Desperdiçando o dom da confiança...
Mas há uma boa escusa
A escusa da inconsciência
Que não reitera
Nem a torna justa
Mas que a transforma em anjo
Num pueril estado de ingenuidade
A espera da consciência diabólica
E do momento da redenção social
Que considera a malícia
Como culminar da experiência
Nem sei o que pensar…

No comments: