Monday, November 16, 2009

Pouco me importa o existencialismo
De que me serve o idealismo?
Não quero saber quem sou
Nem para onde vou
Só quero saber de ti
Do que não experimentei
Do que não conheci
Estou cansado de apenas sonhar-te
De te conhecer apenas no meu pensamento
Quero beijar-te
Quero despir-te
Quero possuí-la
Suspirar no teu ouvido
Meus desejos recônditos
Desenhar-te com minha língua

Como fugir destas linhas?
Como materializar-te?
Como entender tamanha contradição?
Desejos que se encontraram
Mas quedaram suspensos no ar
Insaciáveis pelo abismo que nos separa
Será que morrerei pensando em tua boca
No sabor dos teus lábios
Na textura da tua língua
Questionamentos que me acompanham
Nessa longa jornada
Vem e vão, com diferente intensidade
Fantasmas que andam errantes
Nos corredores infindáveis
Dos sonhos que nasceram mortos.

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