Oriente distante
Povoa minha imaginação
Oriente da felicidade
Oriente da tradição
Ouço uma voz
Quase um suspiro
Envolto em névoas
Minha memória me tortura
Lembrando só da felicidade
Esquecendo Hiroshima e Nagasaki
A textura da destruição
Não apagou teu desvelo
Te vejo do outro lado do mundo
Reconstruída, forte e austera
Bela, tão bela
Porque me cobriste de impropérios?
Te escondestes no esquecimento
Mas te comportas como a vaga
Mesmo sabendo que nunca serás ocupada
Teu pedaço do mosaico se destaca
Tua beleza, as demais opaca
Mas porque me destes incerteza?
Porque me presenteaste amor e ódio?
Foste dúbia em todos momentos
E ainda assim me cativaste
Foste a mais próxima da idealização
Mas tua força foi tamanha
Que rompeste o leme de nossa nau
Despedaçados tomamos caminhos diversos
E por fim nos separamos
Nos distanciamos
Como o Ocidente do Oriente
Thursday, December 04, 2008
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