Thursday, December 04, 2008

Oriente distante

Oriente distante
Povoa minha imaginação
Oriente da felicidade
Oriente da tradição
Ouço uma voz
Quase um suspiro
Envolto em névoas
Minha memória me tortura
Lembrando só da felicidade
Esquecendo Hiroshima e Nagasaki
A textura da destruição
Não apagou teu desvelo
Te vejo do outro lado do mundo
Reconstruída, forte e austera
Bela, tão bela
Porque me cobriste de impropérios?
Te escondestes no esquecimento
Mas te comportas como a vaga
Mesmo sabendo que nunca serás ocupada
Teu pedaço do mosaico se destaca
Tua beleza, as demais opaca
Mas porque me destes incerteza?
Porque me presenteaste amor e ódio?
Foste dúbia em todos momentos
E ainda assim me cativaste
Foste a mais próxima da idealização
Mas tua força foi tamanha
Que rompeste o leme de nossa nau
Despedaçados tomamos caminhos diversos
E por fim nos separamos
Nos distanciamos
Como o Ocidente do Oriente

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